Bombeiros fazem buscas na cabine de avião da TAM

SÃO PAULO – Os bombeiros fazem buscas, nesta segunda-feira, na área onde estaria a cabine do avião Airbus A320, da empresa aérea TAM, que caiu na terça-feira passada (17) com 187 passageiros a bordo. Entretanto, mesmo com o esforço redobrado, a chuva que atinge a capital paulista dificulta os trabalhos de remoção dos escombros. O número de corpos de vítimas identificados pelos peritos do Instituto Médico Legal de São Paulo (IML) é de 66.

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Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros Mauro Lopes, a busca é feita em duas frentes, uma pelas escavadeiras, que retiram partes do 1º e 2º andar que desmoronaram sobre o local, e a outra frente pelos bombeiros no solo. O capitão afirma que ainda não há previsão da finalização das buscas. No último domingo, a TAM passou a considerar o taxista Thiago Domingos da Silva, 22, como uma possível vítima do acidente. Até o momento seriam confirmadas 199 vítimas, sendo 187 na aeronave e 12 fora, inclusive o taxista.

Na última terça-feira, o Airbus A320, vôo JJ3054 da TAM, partiu de Porto Alegre, às 17h16 e chegou a São Paulo às 18h45, por motivos que ainda são apurados, o avião não conseguiu efetuar o pouso na pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, atravessou uma avenida movimentada e colidiu com um prédio da própria empresa. Eram 187 passageiros a bordo do vôo e outras pessoas que trabalhavam no prédio da TAM no momento do acidente. O desastre é considerado o pior da história da aviação brasileira.

Vinte e sete imóveis próximos a região do acidente foram interditados por possíveis danos e também para facilitar o trabalho dos bombeiros na área e evitar os curiosos. Dois dos 27 imóveis já estão condenados. São eles: o próprio prédio da TAM e o posto de gasolina, localizado ao lado. Hoje a Defesa Civil liberou um dos imóveis, um restaurante, e a previsão é de que até o fim do dia mais 10 imóveis sejam liberados.

Identificação

Os peritos devem colher mais amostras de sangue de familiares das vítimas para a realização de exames. No último sábado foram colhidas 124 amostras. Cerca de 20 institutos e laboratórios de 17 Estados e no Distrito Federal vão realizar a coleta nesta segunda-feira (veja os endereços).

Segundo os médicos, o reconhecimento de alguns corpos de vítimas do acidente da TAM depende da leitura do DNA, porque estão carbonizados. Os legistas do IML contam com voluntários no trabalho de identificação.

Trabalho lento

O empresário Paulo Solano, irmão de Arnaldo Batista Ramos, 38 anos, vítima ainda não identificada, afirma que "sabe que o processo é lento, pois é um quebra-cabeça". Ele diz, ainda, que parabeniza o trabalho dos peritos e só tem recalmações contra as autoridades, que, segundo ele, poderiam ter evitado o acidente.

Arnaldo estava viajando a trabalho e deixa uma filha de 1 anos e um menino de 9 anos. tá chateado pela falta de respeito com as famílias. Paulo afirma que estava em um táxi à 200 mestros do local do acidente e que viu tudo. "O deslocamento de ar foi tão grande que eu senti".