Os bombeiros encaminharam os feridos aos hospitais da região, como o da Posse, em Nova Iguaçu. O trabalho de remoção foi difícil. "O eixo do trem é formado por estruturas pesadíssimas, feitas de duralumínio. As peças não são removidas com facilidade", disse Marco.O choque ocorreu por volta de 16h15, a cerca de 200 metros da estação de Austin. Um trem com passageiros, prefixo prefixo UP-171, seguia com destino à estação de Japeri e se chocou com outro, prefixo WP-908, que estava vazio e fazia manobras. De acordo com o diretor de operações da Supervia, João Gouvêa, cerca de 800 passageiros estavam dentro de um dos trens. Dos mortos, seis são mulheres e dois são homens, segundo o Corpo de Bombeiros.Testemunhas"Foi algo muito sinistro", disse Felipe de Oliveira, que mora ao lado do local do acidente. "Ouvimos uma gritaria. Fui para a passarela e vi muita gente pulando da linha, tentando se desvencilhar das ferragens."Alan da Silveira estava jogando bola próximo ao local, no campinho que depois seria usado para os trabalhos de resgate. "Eu ouvi o barulho e corri para lá. Realmente não dava para acreditar no que estava acontecendo.", disse Silveira.
Motivos do acidenteOs motivos do acidente ainda não são conhecidos, segundo Gilberto Ribeiro, chefe da Polícia Civil do Rio. "A polícia ainda está investigando para identificar se houve falha mecânica ou mesmo falha humana. Só a partir disso e do trabalho da perícia é que vamos saber o que aconteceu", disse."Nós fazemos essa denúncia há anos: a manutenção da via férrea é precária. O acidente ocorreu por problemas na sinalização", afirmou Valmir Lemos, presidente do Sindicato dos Ferroviários.O secretário de Transportes rebateu: "acho precipitado que o presidente do sindicato esteja dizendo uma coisa dessas numa hora dessas."A SuperVia e a secretaria de Transportes informaram que as causas do acidente devem ser conhecidas num prazo de dez dias.Esquema de emergênciaA linha de trens prejudicada pelo choque é usada por cerca de 150 mil pessoas diariamente. O secretário informou que a SuperVia estudava um esquema de emergência, com ônibus que levariam os passageiros da estação Comendador Soares à estação Queimados enquanto o trecho continuar interditado.
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