SÃO PAULO - A greve, iniciada à 0h desta quinta-feira pelos metroviários de São Paulo, provocou confusão na volta para casa do paulistano. Imagens exibidas pela "GloboNews" mostraram centenas de usuários do Metrô invadindo a Estação da Luz, localizada no centro da capital paulista. O tumulto começou por volta das 17h30, quando alguns portões que dão acesso ao terminal foram fechados, e durou cerca de uma hora. Em reunião, realizada na tarde desta quinta-feira no Sindicato, não houve avanço nas negociações e a greve continua.
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A situação na Estação da Luz se normalizou por volta das 20h30, três horas depois do início do tumulto. A fila na porta do local, que dobrava o quarteirão, sumiu assim que todos os portões foram abertos.
O movimento de usuários de trem e de Metrô começou a aumentar na estação às 17h. Alguns portões que davam acesso aos vagões tiveram de ser fechados. Com isso, vários passageiros se aglomeraram na entrada da Praça da Luz.
Cerca de 200 policiais militares foram ao local controlar o fluxo de pessoas. Ninguém foi preso ou ficou ferido no tumulto, mas alguns passageiros passaram mal por causa de nervosismo e queda de pressão.
Durante a confusão, passageiros perderam tênis, bolsas e blusas. Os objetos foram encaminhados ao Serviço de atendimento ao usuário da CPTM, na Estação Barra Funda.
A assistente comercial Priscila Fumagani não sabia da confusão que aconteceu à tarde e esperou vinte minutos na fila para entrar na Estação da Luz. Ela utiliza o Metrô todos os dias para trabalhar e reprovou a greve. "Acho uma falta de respeito por parte dos metroviários", disse Priscila.
Aparecida Santos também foi pega de surpresa. Cansada de esperar na fila, a chefe de recepção sugeriu uma outra forma de reivindicação aos metroviários. "Eles deviam liberar as catracas. Fazer uma greve branca", afirmou ela.
O professor Luiz Carlos Rosário, que também enfrentou problemas na volta pra casa, considerou a situação caótica e disse "isso causa trauma em qualquer um".
A assessoria da CPTM afirmou que o fechamento dos portões da Estação da Luz pela Rua Cásper Líbero foi uma medida de segurança, já que os passageiros poderiam acabar se aglomerando nas portas dos vagões. Neste caso, um portão ficava aberto até o limite de passageiros entrar e depois era fechado novamente. Os trens saiam a cada seis minutos, conforme nos horários de pico, para transportar todos os usuários. Todos os dias passam cerca de 250 mil pessoas pela estação.
Segundo o Sindicato, não há prazo para o fim da greve. Às 18h30 desta sexta-feira, outra assembléia será realizada. Para evitar mais problemas na Estação da Luz nesta sexta-feira, serão montadas barreiras nos portões de acesso. Assim, os usuários vão chegar e formar filas.
Por causa da paralisação, o Ministério Público do Trabalho pediu uma multa de R$100 mil diários dos metroviários e do Metrô de São Paulo por descumprimento do acordo feito na terça-feira que adiaria a greve em uma semana. Segundo a assessoria do MP, outro item exigiria 85% de funcionamento da frota, o que não estaria sendo cumprido.
Para minimizar os efeitos da greve, a secretaria Municipal de Transportes acionou o Plano de Atendimento Emergencial Às Empresas, com um reforço de 120 ônibus à frota em circulação. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o número de unidades cadastrados atinge cerca de 14,9 mil. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) suspendeu o rodízio de veículos na cidade.
A linha Vermelha, que faz ligação entre as zonas Leste e Oeste, e a Lilás não estão funcionando. A Linha Azul (Jabaquara-Tucuruvi) e parte da Verde (entre as estações Ana Rosa e Clínicas), estão funcionando e deverão fechar às 22h.
Os trabalhadores reivindicam o pagamento imediato de R$ 1,8 mil, mas a Companhia Metropolitano de São Paulo (Metrô) limitou a oferta em R$ 800, a serem pagos em setembro. “Seriam beneficiados apenas aqueles que ocupam cargos de chefia e, portanto, têm maiores ganhos”, disse o presidente do sindicato da categoria, Flávio Godoi.
Ele criticou o fato de a diretoria do Metrô ter colocado 60% dos trens em circulação, abrangendo a linha l (na ligação Norte e Sul, entre os bairros de Tucuruvi e Jabaquara) e um trecho do ramal da Paulista, entre as estações Ana Rosa e Clínicas. para o sindicalista, a empresa cometeu desvio de função e quebra de contrato.
Godoi insinuou existir risco aos passageiros por causa do trabalho de profissionais inexperientes. "Estamos entrando com uma representação junto à DRT [Delegacia Regional do Trabalho] pedindo a constatação para saber se esses profissionais estão ou não habilitados a trabalhar”.
Em reação, a diretoria da empresa divulgou uma nota, classificando as declarações de Godoi de "leviana e oportunista". “A afirmação do presidente [do sindicato da categoria] de que o Metrô opera com pessoal inabilitado não corresponde à realidade. É é leviana, inconseqüente e oportunista, sendo de sua exclusiva responsabilidade”.
A última paralisação dos metroviários, ocorrida em 14 de junho, por reajuste salarial, durou 13 horas e deixou 3 milhões de usuários sem o transporte.
Desinformados
A maioria das pessoas que chegava à Estação Anhangabaú na manhã desta quinta-feira só tomava conhecimento da greve ao ver as portas fechadas. O vitrinista Edson Souza, 32, não estava informado. "Fiquei sabendo que estava tudo parado só quando cheguei. Agora vou ter que descobrir outro jeito de chegar ao Tietê", afirmou.
Ônibus na Sé ficaram lotadosA supervisora de vendas Maria Cleusa de Araújo, 27, chegou à estação Anhangabaú por volta das 8h40 e descobriu que as portas estavam fechadas. "Ai meu Deus. Eu tenho que estar na Barra Funda às 9h. Como vou fazer isso?", desabafou para depois sair correndo em busca de um ônibus.
Outra pessoa surpreendida pela greve foi a enfermeira Ângela Vitoriano, 39, que mora no Jabaquara e só descobriu o que acontecera quando chegou na estação da Sé. "Eu tinha que entrar no serviço às 7h, peguei o metrô e quando cheguei aqui (Sé) vi que estava em greve e fui obrigada a descer", explica indignada Ângela, que teria como destino a estação da Barra Funda. "Lá na Barra Funda, eu ainda teria que pegar mais um trem e um ônibus para chegar ao meu destino. Agora tenho que ver o que vou fazer", disse preocupada.
O comerciante Walmir Paulo de Santos, 72, estava indo para Itaquera quando também chegou à estação da Sé e viu a paralisação. "Agora vou ter que pegar dois ônibus", afirmou.
Para o instalador de ar condicionado Valdinei Alves de Sousa, 23, a grande dificuldade é justamente esta falta de informação. "O problema é que ninguém avisa nada. Não fiquei sabendo que estava tudo parado", afirmou. O instalador seguia para a Barra Funda. Ele deveria ter entrado às 8h no trabalho, mas às 9h ele ainda estava na Sé. O atraso, porém, foi entendido pelo chefe, ciente da paralisação.
Esquema especial de ônibus
A SPTrans colocou em prática o Plano de Apoio a Empresas em Situação de Emergência (Paese). Algumas linhas integradas aos terminais do Metrô fazem o trajeto dos bairros até o centro da cidade, além das linhas que normalmente já se deslocam até o centro e as concessionárias de ônibus vão operar com a frota máxima durante toda a quinta-feira.
A frota das 260 linhas metropolitanas que atendem às estações foi reforçada em 120 veículos, conforme solicitação da EMTU/SP às operadoras. Da frota total, de cerca de 3.700 ônibus que atendem o município de São Paulo, 45% chegam ou passam próximo ao Metrô.
LINHA 1 - AZUL (Jabaquara / Tucuruvi)
As linhas de ônibus que atendem à Linha 1 do Metrô operam com a frota reforçada, ou seja, 790 veículos realizam a operação. As linhas com destino à estação Tucuruvi foram prolongadas até a estação Tietê.
LINHA 2 - VERDE (Vila Madalena / Alto do Ipiranga)
As linhas de ônibus que servem à Linha 2 do Metrô, nas estações Ana Rosa e Vila Madalena, foram reforçadas, totalizando uma frota de 215 veículos. As linhas 493 Santo André (Príncipe de Gales) - São Paulo (Metrô Imigrantes), 493 EX1 Santo André (Príncipe de Gales) - São Paulo (Metrô Imigrantes) e 494 São Caetano do Sul (Terminal Rodoviário Nicolau Delic) - São Paulo (Metrô Imigrantes) foram estendidas até a estação Santa Cruz.
LINHA 3 - VERMELHA (Corinthians-Itaquera / Palmeiras Barra Funda)
A frota programada para operar as linhas metropolitanas de ônibus que chegam nas estações da Linha 3-Vermelha, entre as estações Corinthians-Itaquera e Palmeiras-Barra Funda, foram reforçada, totalizando cerca de 480 ônibus.
LINHA 5 - LILÁS (Capão Redondo – Santo Amaro)
As linhas de ônibus com destino a Santo Amaro foram reforçadas e a frota programada é de cerca de 150 veículos.
As linhas que atendem as estações Capão Redondo e Campo Limpo prolongaram o percurso até a região de Santo Amaro, antigo ponto final.
CPTM
A CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) adotou no início da operação comercial – às 4 horas da manhã – uma série de medidas para atender o aumento da demanda, em razão da greve dos metroviários:
O horário de pico da manhã (das 5h às 8h) fdeverá ser estendido conforme a necessidade. No rush da tarde (das 17h às 20h) haverá o mesmo procedimento, caso os metroviários não retomem suas atividades durante o dia.
Todas as estações contam com reforço no contingente de segurança nets manhã, em especial na Luz, Guaianazes, José Bonifácio, Dom Bosco, Tatuapé, Brás, Calmon Viana, Barra Funda e Santo Amaro.
O serviço da Ponte Orca (Operador Regional Coletivo Autônomo), que opera os trechos Barra Funda – Vila Madalena e Cidade Universitária – Vila Madalena foi suspenso, bem como a integração gratuita nas estações Brás, Luz, Barra Funda e Santo Amaro, até o fim da paralisação metroviária.
Por medida de segurança, a estação Corinthians-Itaquera permanecerá fechada enquanto durar a greve, sem operações de embarque e desembarque. A razão se dá pelo fato da unidade da CPTM, que atende uma média de 9.200 usuários por dia, não absorver o volume de passageiros do Metrô, que chega a 82 mil pessoas.
(com reportagem de Bruno B Soraggi)
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