
Se a performance da Argentina se repetir por aqui, dá para afirmar sem erro que o REM fará um dos melhores shows de 2008 no Brasil. Não falta nada para fazer a alegria dos fãs: grandes sucessos ("The One I Love", "Losing My Religion"), raridades ("Fall on Me", "Driver 8"), surpresas ("Everybody Hurts", "Nightswimming") e muita vitalidade.
O REM fez o último show do segundo dia do Personal Fest. Desde as primeira música ("Living Well is the Best Revenge", "I Took Your Name" e "What's the Frequency Kenneth?") deu para perceber que nesta turnê a banda está mais pesada do que nunca. Influência, provavelmente, de seu último disco, o ótimo (e bem roqueiro) Accelerate, lançado no primeiro semestre.
A partir da quarta música, "Drive", o grupo começou a colocar canções mais lentas à mistura. Mas isso não diminuiu a intensidade do show. Pelo contrário: a carga emocional de canções como "Let Me In" e "Everybody Hurts" (incluída só recentemente no setlist da turnê) foi elevada.
Michael Stipe, especialmente, estava inspirado. E, a julgar por seus sorrisos, felicíssimo com a reação do público argentino. A platéia deu um show à parte em canções como "Imitation of Life" e "Losing my Religion" e fez com que o vocalista prometesse voltar à Argentina o quanto antes. Se isso se repetir no Brasil, será inesquecível.
A banda inicia sua turnê pelo Brasil nesta quinta-feira (06), com um show em Porto Alegre. No sábado, toca no Rio de Janeiro (08). E, na semana que vem, faz duas apresentações em São Paulo, na segunda (10) e na terça (11).
Além do REM, o Personal Fest ainda teve outras quatro bandas que vêm ao Brasil nos próximos dias: Offspring, Kaiser Chiefs, Bloc Party e Jesus & Mary Chain. Todas estão na escalação do festival Planeta Terra, que acontece em São Paulo neste sábado (08).
Dessas quatro, a que mais impressionou na Argentina foi o Offspring. O grupo fechou a primeira noite do Personal, e fez um show na medida para os fãs. Ou seja: muitos hits, tocados de forma alta, rápida e animada.
Além do Offspring, a primeira noite do festival ainda teve Jesus & Mary Chain e Spiritualized. A primeira fez um show morno, prejudicado pela indiferença do público que esperava a principal atração da noite. Mas, da metade para o final, a coisa engrenou: as duas últimas músicas, "Just Like Honey" e "Reverence", foram espetaculares.
O Spiritualized, em compensação, foi espetacular desde o primeiro segundo de show. E, em músicas como "Come Together" e "Lay Back in the Sun", foi ainda mais: antológico. Pena que o público brasileiro não poderá confirmar isso: apesar de ter feito dois shows na vizinha Argentina, a banda não vem ao Brasil.
Quem também não vem é o Mars Volta. O grupo americano, que passo pelo Brasil no Tim Festival de 2004, foi a primeira atração internacional do segundo dia do Personal. Tocando com o sol ainda alto, mostrou porque é considerada uma das bandas mais intensas da atualidade no palco.
Além do REM e do Mars Volta, o segundo e último dia do Personal teve Kaiser Chiefs e Bloc Party. Nenhuma das duas bandas fez um show particularmente memorável: o Bloc Party, especialmente, não conseguiu animar o público nem tocando hits como "Banquet" e "Helicopter".
Como vão ser os shows do REM no Brasil
Leia mais sobre o REM
Nenhum comentário:
Postar um comentário