Governo iraquiano comemora anúncio de retirada de Sadr
"Por causa da responsabilidade religiosa, e para fazer com que se pare de derramar sangue iraquiano, nós pedimos um fim das ações armadas em Basra e em todas as outras províncias", disse Sadr em um comunicado distribuído a jornalistas por auxiliares na cidade sagrada xiita de Najaf. "Qualquer um que carregar uma arma e alvejar instituições do governo não será um dos nossos."
Uma revolta dos seguidores de Sadr no porto petrolífero de Basra foi o estopim para uma explosão de violência no sul do Iraque e em Bagdá, que ameaça os recentes progressos obtidos na frágil segurança do país e põe em perigo os planos de retirada das tropas dos EUA.
O primeiro-ministro do Iraque, Nuri al-Maliki, ordenou que os militantes em Basra baixassem as armas e estendeu um prazo de 72 horas para o dia 8 de abril.
Maliki lançou a operação militar na última terça-feira, prometendo retomar o controle de seu governo sobre a segunda cidade do Iraque, que está dominada por diversas milícias. Mas até o momento, apenas edifícios ligados a Sadr foram alvejados.
A operação gerou uma resposta furiosa da milícia Exército Mehdi, ligada ao clérigo, que acredita que Maliki e o Conselho Supremo Islâmico Iraquiano, seu mais poderoso aliado xiita, estejam tentando esmagá-lo antes das eleições provinciais, que acontecem em outubro.
Forças do governo até agora não conseguiram retirar os milicianos das ruas de Basra.
Imagens da Reuters Television mostraram membros mascarados do Mehdi exibindo metralhadoras e lançadores de foguetes. Eles dançavam do lado de fora de uma estação de transmissão de uma TV estatal após disparar contra militares iraquianos.
O presidente dos EUA, George W. Bush, elogiou a operação em Basra, dizendo ter sido planejada e liderada pelo Iraque. Mas há sinais de que a coalizão EUA-Grã-Bretanha esteja profundamente envolvida no conflito.
As forças especiais dos EUA estão operando em Basra em paralelo com as tropas iraquianas, informou o Exército norte-americano no domingo.
Forças britânicas, que se retiraram da cidade no ano passado, também se moveram para seus arredores. Um porta-voz britânico disse que não havia planos até o momento de as forças do país entrarem por solo em Basra.
Governo iraquiano comemora anúncio de retirada de Sadr

O apelo do clérigo radical xiita Moqtada Sadr a seus milicianos para que se retirem das cidades iraquianas onde combatem as tropas militares ajudará a restablecer a calma no país, afirmou neste domingo o porta-voz do governo, Ali Debbagh."Muitas pessoas seguirão a orientação de Moqtada (...). A vida (cotidiana) será restaurada no país, tal como era antes", disse Debbagh em uma entrevista à rede de televisão Al Iraqiya.O líder xiita havia divulgado horas antes uma declaração dirigida a seus seguidores, pedindo que se retirassem das ruas, após os violentos combates contra as tropas regulares iraquianas que começaram no dia 25 de março.
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