domingo, 13 de abril de 2008

Pixar aposta em ficção científica e romance em seu novo filme, "Wall-e"

Assim começa “Wall-e”, a nova animação da Pixar, estúdio responsável por “Toy Story”, “Procurando Nemo” e “Ratatouille”, e que estréia em 27 de junho deste ano. A reportagem do iG assistiu aos primeiros 25 minutos do filme e a mais duas cenas na sala de projeção da Pixar, na Califórnia.
Nos primeiros momentos do filme tudo que se vê é a superfície quente da Terra, os arranha-céus formados por pilhas de lixo e Wall-e fazendo pacientemente seu trabalho de compactação e organização de lixo, tudo isso com a impressionante direção de câmera, um dos pedidos do diretor Andrew Stanton para a equipe de efeitos do filme. As tomadas são lindas e realmente se tem a impressão de que tudo foi fotografado e não gerado diretamente em computadores.
Enquanto cuida do lixo, Wall-e vai colecionando objetos que lhe parecem curiosos: um sutiã, um cubo mágico e, escondido dentro de um velho refrigerador, uma plantinha. Tudo que ele encontra é guardado no caminhão que ele usa de casa, numa estante giratória. E para se distrair, além da companhia da barata Hal, ele assiste repetidamente “Alo, Dolly”. A sua rotina só é quebrada com a chegada de Eve, uma robô enviada pelos humanos para rastrear a Terra por sinais de que é possível voltar a habitar o planeta.
Por ser um robô, Wall-e não fala, solta barulhinhos criados por Ben Burtt, o designer de som responsável por todos os sons de Star Wars (sim, é o homem que desenvolveu o som da respiração de Darth Vader, a voz de R2D2 e o barulho dos sabres de luz) e especialmente contratado para conseguir fazer uma “voz” para o robô que conseguisse passar sentimentos.
O fato do filme ter poucos diálogos é uma aposta que a Pixar sabe ser arriscada, mas que dá ao filme um diferencial incrível. Eles ficariam completamente desnecessários diante do perfeito trabalho da equipe de animação, que usou Charles Chaplin e Buster Keaton como referências para dar a Walle personalidade. As cenas são tão fluidas e bem estruturadas que dá até uma certa apreensão de esperar o momento em que os humanos vão aparecer e quebrar o silêncio.
Se mantidos os ritmos e qualidade das três cenas apresentadas aos jornalistas, Wall-e vai facilmente ser o melhor filme a sair do estúdio que já criou histórias tão incríveis quanto Toy Story e Monstros S.A..
Além da prévia do filme, tivemos a oportunidade de conversar com os criadores e colaboradores da produção de “Wall-e”. Confira abaixo como foram todas as etapas da produção do filme.
Roteiro e Storyboarding: a concepção do roteiro de “Wall-e”
Direção de arte, desenvolvimento de personagens e tecnologia: criando o visual do filme
Animação: interpretação com marionetes virtuais
Conversa com o diretor Andrew Stanton
Ben Burtt: da voz de R2D2 à Wall-e
Produção: escolhendo onde gastar tempo e dinheiro
Guilherme Jacinto: um brasileiro na Pixar
Uma visita à Pixar em imagens

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